Saint John – Ilhas Virgens Americanas

O Paraíso fica nos Estados Unidos, mais especificamente no caribe americano. St John é um verdadeiro deleite para os amantes da natureza que felizmente ainda está fora da rota dos cruzeiros – não há um porto ou marina em Saint John. O acesso não é o mais simples, pois não há voos diretos para a Ilha, normalmente os visitantes chegam por Saint Thomas e de lá pegam um Ferry para Cruz Bay saindo de Charlotte Amalie – a capital e maior cidade das Ilhas Virgens – ou de Redhook Bay no extremo leste de St Thomas. Optamos por pegar um taxi ($15 por pessoa) até Redhook Bay de onde os Ferries são mais frequentes. De Redhook a Cruz Bay pagamos $6 por pessoa mais $2.5 por bagagem: mochilas não são consideradas mas carry-ons são. Os horários dos Ferries podem ser vistos aqui.

Aproximadamente 2/3 do território de St John é protegido como Parque Nacional, fazendo dela a mais virgem das Ilhas Virgens Americanas. Apenas os extremos oeste e leste são habitados, a população local é de cerca de 4500 pessoas e o crime é praticamente inexistente na ilha.

Ao chegar em Cruz Bay, fomos deixar nossas coisas na St John Inn a pousada na qual ficamos. Há relativamente poucas opções de hospedagem na ilha e quase não há nada no pelotão intermediário. Mas a pousada “does the trick”, é simpática, confortável, e os funcionários super atenciosos. Claro que seria mais memorável ficar no Westin ou no Gallows Point,  mas não estavamos podendo gastar $800 a diária. Tentei também alugar um apartamento/propriedade, mas como foi em cima da hora (decidimos praticamente 1 mês antes) já não encontramos nada dentro do orçamento. Estava incluida na diária da pousada cadeiras e toalhas de praia e cooler para levar os apetrechos para o piquenique.

Alugamos um jipe na O’Connor Car Rental. Eu estava achando um exagero ficar de jipe em uma ilha tão pequena, mas no segundo dia entendi o motivo: há estradas ULTRA inclinadas no centro da ilha. Quem não tem uma carta de condução dos EUA tem que pagar $25 por uma permissão temporária.  Lá “anda-se” do lado esquerdo (mão inglesa) porém os carros são de fabricação americana com direção também do lado esquerdo.

Já com mobilidade, fomos direto para Trunk Bay, a mais famosa praia da Ilha:

Trunk Bay - Golden HourTrunk Bay

Como já era final da tarde, pegamos a praia praticamente para nós. Chegamos na chamada Golden Hour, horário ótimo para fotografias em geral, mas que escondia a completa beleza desta praia.

A noite, depois de jantarmos, vimos estes tantos burritos em frente uma casa onde estacionamos nosso jipe:

Donkeys

Na ilha há muitos burros, cabras e herpestídeos. No caminho, entre Coral Bay e Saltpond Bay, nos deparamos com várias cabras.

Goats

Deu vontade de “adotar” uma baby cabra 🙂

Saltpond Bay:

Localizada no sudeste da ilha, a praia de Saltpond Bay é de águas cristalina e areias claras. Chega-se à praia depois de uma caminhada por uma trilha leve.

Não bastasse ser uma praia linda, o snorkeling é top! Nas águas cristalinas e a poucos metros da praia, já é possível ver peixes, tartarugas e até mesmo lulas.

Mesmo sendo alta temporada e apesar de que ao redor de 11:30 começou a chegar mais gente, em nenhum momentos nos pareceu exagerado.

Saimos de Saltpond Bay por volta de 1PM e decidimos almoçar no Shipwreck Landing perto de Coral Bay. Almoço ok, nada espetacular, mas serviço muito atencioso. De lá partimos para as praias do norte. Foi uma semi-aventura pois o google maps apontava estradas que não eram muito bem estradas, além disso estas estradas eram tão inclinadas que em certos momentos eu achei que nosso jipe não iria agüentar. Mas tanto esforço do motor rendeu vistas lindas de Coral Bay e de Tortola:

Cinnamon Bay:

Passamos a tarde em Cinnamon Bay, uma das praias mais populares, e claro, de águas cristalinas. É possivelmente a praia mais longa da ilha e ótima para caminhadas e é também muito popular para esportes aquáticos.

Cinnamon BayCinnamon Bay

Na volta para Cruz Bay, vimos o por-do-sol de um mirante onde fica sempre cheio neste horário.

Por-do-sol Cruz Bay

Trunk Bay:

Havíamos combinado de na manhã seguinte fazer uma trilha, mas estávamos abertos a outras possibilidades, e quando chegamos ao mirante de Trunk Bay, não resistimos e decidimos passar a manhã lá mesmo, dado que o tempo estava claro:

Trunk Bay

Poucos instantes nela, percebemos logo o motivo de ela ser votada constantemente como uma das 10 melhores praias do mundo pela Condé Nast Traveler. Sinceramente, não sei se de fato é pois não estive em todas praias do mundo, hehe, mas que é uma praia espetacular eu não tenho dúvida alguma!

Trunk BayTrunk Bay

Já próximo à areia podíamos ver vários peixes:

Trunk Bay

Em Trunk Bay há uma trilha submarina. Onde há explicações (em Inglês claro) sobre corais, a vida marinha, os peixes da região, etc.

Mas foi mesmo esta Barracuda que premiou nosso snorkeling em Trunk Bay:

Barracuda - Trunk Bay

Passamos mais algumas horas aproveitando aquela areia especular e as águas ultra claras da praia no canto mais leste dela.

E pouco antes de irmos, vi um aglomerado de pessoas olhando para algo na água. Era algo escuro e logo pensei que era uma tartaruga. Tive tempo somente de pegar minha camera e quando cheguei próximo percebi que não era uma tartaruga mas sim uma arraia.

Trunk Bay

Pronto, Trunk Bay já havia se tornado a minha praia favorita! 😀

Para entrar em Trunk Bay, paga-se uma taxa de $4 por pessoa (há a opção anual por $10, ou casal mais uma criança por $14) das 7:30AM até as 4:30PM. Lá há banheiros, chuveiros, salva-vidas, e uma lanchonete onde pode-se comer snacks e drinks.

Annaberg Sugar Plantation:

Depois do almoço leve que fizemos, fomos visitar as ruínas do engenho Annaberg. A ilha que já foi de posse dinamarquesa (as ilhas virgens – então Índias Ocidentais Dinamarquesas – foram vendidas aos EUA em 1916) tinha várias plantações e moinhos de açucar. Annaberg é a mais intacta de todas ruínas das ilhas virgens.

Anneberg Sugar Mill RuinsAnneberg Sugar Mill Ruins

Do alto da colina onde ficava o moinho de vento, pode-se observar as águas cristalinas da belíssima Leinster Bay e Tortolla das ilhas virgens Britânicas.Leinster BayLeinster Bay

O tempo havia ficado um pouco instável e chovia um pouco, mas por conta disto fomos premiados com o arco-íris da foto acima.

Próximo ao estacionamento para o Annaberg Sugar Mill, fica uma trilha onde pode-se ir para a Leinster Bay, e, como eu havia lido que o snorkeling nela era a melhor da ilha, resolvemos ir até lá.

Chegando próximo à praia vimos uma ilustre presença, que já deixava claro que havia muita vida marinha na região 😉

Leinster Bay

E de fato, bastava entrar na água que já se via muitos peixes:

 Leinster BayLeinster Bay

Como o gás da co-pilota já havia acabado e ela disse que não iria mais mergulhar, resolvi não arriscar e ir sozinho até a Watermelon Cay, onde dizem ser o melhor snorkeling da ilha. Fiquei sempre não mais que 50 metros distante da areia. Mas não foi preciso ir longe para me divertir, esta tartaruga estava se mostrando toda:

Seaturtle - Leinster BaySeaturtle - Leinster Bay

E sabe o que é melhor que uma tartaruga saidinha?

2 Seaturtles - Leinster Bay

DUAS! e mais uma arraia 😀

Stingray - Leinster Bay

Infelizmente, era hora de voltar para a pousada, mas a volta pela trilha que beira a água, ainda nos dava muita alegria.

Leinster Bay

Tinhamos mais uma manhã em Saint John, e decidimos chegar bem cedo em Trunk Bay, e quando chegamos (por volta das 7:20AM) não pagamos a taxa de entrada e a praia era toda nossa. Ficamos nela por cerca de 2 horas e meia e depois fomos dar um pulo rápido na Jumbei Bay (esta foi mesmo uma ticada, hehe).

Parada rápida no mirante para tirar uma foto de Cruz Bay antes de devolvermos o carro para irmos pegar o ferry para Charlotte Amalie.

Cruz Bay

Depois do Ferry, tivemos alguns instantes para almoçarmos e vermos um pouco do centro de Charlotte Amalie. E infelizmente a triste realidade de sair deste paraíso.

Cruz Bay:

Em Cruz Bay, fomos a dois mercados comprar as coisas para nossos piqueniques, o Dolphin Market e o Starfish Market, achamos o Starfish melhor e não achamos os preços tão altos quanto em St Barth.

Fomos a três restaurantes para jantar em Cruz Bay e gostamos de todos. No Morgan’s Mango o tema é a manga, comemos bons peixes e os drinks estavam ótimos, dizem que nas quintas é a noite da lagosta. O The Banana Deck tem ambiente descontraído e comida razoável numa baixa relação custo/benefício. Já o Waterfront Bistro tem um ambiente um pouco mais chic e comida um pouco mais cara, mas era nossa janta de despedida de St John.

Certamente voltaremos, mas a vontade agora é conhecer Virgin Gorda e Anegada!

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